sexta-feira, 6 de julho de 2012

Amanhã, talvez.

Sempre que imaginei meu futuro via um X. Exatamente isso. Uma incógnita. Poderia ser bailarina, para agradar minha tia, poderia ser médica para agradar minha avó, ou advogada para puxar meu avô! Poderia ser n coisas para agradar n pessoas. Poderia me conformar com esse século XXI e ser mais um ser humano acomodado e blá blá blá. Seria até mais fácil, bem mais. Só que as vezes viver no 'poderia' ou no 'agradar' cansa. É como esperar uma felicidade que nunca vem. Amanhã, talvez. Imaginem quantos sonhos são camuflados, quantos sonhos insistem em se manifestarem e só recebem NÃO. Amanhã, talvez. O que há é uma briga pela sobrevivência. Uma luta pelo espaço. Essa luta exige tanta força que no fim do dia o sonho fica pra depois. Allan vive na rua, a rua é seu abrigo, sua casa, a droga é seu conforto assim como o banco da praça. O futuro do Allan a Deus partence, no entanto ele não pensa em ser ''Y'' para agradar sua família! Que família? Ele acredita em um mundo melhor, mas não acredita que seja esse mundo, nessa vida. Emerson é um catador de lixo, também mora na rua, a mesma casa de Allan, o dinheiro que ganha compra crack e comida, ele não rouba é uma trabalhador. Seu maior sonho é sair da rua. E o meu? Sair de casa? Que egoísmo! Preparamos tanto um futuro dentro de casa que esquecemos quem está de fora. Não são bandidos, drogados, como uma vida confortável faz pensar. São pessoas que no final do dia deixam o sonho para depois. Olhar para fora não faz mal, endender que o mundo não é perfeito é o primeiro passo para uma vida real. Sendo assim não me importa um futuro pré-feito. Sei que não se pode salvar o mundo do dia pra noite, mas uma noite se pode salvar.

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